O que acontece se você inventar estatística ou exemplo na redação?! E se você errar algum detalhe de um fato… será que perde ponto? Role a tela que a gente vai revelar a resposta.
Um internauta escreveu assim num grupo de vestibulandos do facebook:
“Se na elaboração da minha redação eu criar um dado falso ou citação falsa só para embasar o meu argumento eu estaria perdendo pontos ? Caso a resposta for sim, e se esses dados/citações estiverem errados acidentalmente?”
Vamos por partes: resposta da primeira pergunta que ele fez:
Pode inventar dados ou citação na redação?
Inventar um dado ou citação é bem trabalhoso e arriscado – não valeria a pena
Claro que pode haver alunos que preferem ter esse trabalho, mas qualquer coisa que você cite precisa ter um motivo para estar ali. Precisa ter tudo a ver com o assunto e precisa ser comentado no parágrafo.
Se um aluno inventa um dado, o corretor até pode aceitar como se fosse verdadeiro.
É que o corretor não vai conferir detalhes como nomes, datas, fontes etc etc. Ele tem apenas uns 3 minutos para corrigir a redação!
Imagina cada corretor fazendo pesquisas na internet ou em livros, ou ainda perguntando para especialistas em outras áreas, para confirmar essa autenticidade, toda vez que visse um dado!
Quantos meses levaria para os resultados da prova serem divulgados?!
UMA ETERNIDADE…
Então pode acontecer de você não perder ponto por inventar um dado, mas também pode ser que isso afete seu argumento irremediavelmente!
Inventar dado é uma coisa. Errar ao escrever o dado é outra.
Pode pôr dado errado na redação?
Agora, a segunda pergunta do internauta acima corresponde a algo que acontece mesmo:
quando os dados não são inventados, mas podem ser incorretos (sem querer).
Entenda o seguinte:
Normalmente os dados em si só servem para apoiar sua opinião e sua argumentação, eles não são o foco do seu texto!
Pense: você não vai escrever a redação inteira para mostrar um dado, ou uma citação, não é?
Se, por exemplo, você andou lendo, não sabe onde, sobre o número de brasileiros abaixo da linha de pobreza, e arrisca que são 12%, quando na verdade são 18%, isso não vai criar qualquer problema para você, até porque a gravidade do fato continua existindo, sejam “só” 12%, sejam 18%.
Ninguém estaria esperando que um aluno de ensino médio tivesse esses dados exatos em mente. Acho que nem o professor teria…
Você pode abrir o jogo e dizer que não lembra: “aproximadamente 12%” estaria mais que suficiente!
Não seria assim que você falaria? Então… a escrita vem da fala, bobagem negar.
E o importante mesmo é o impacto desses números no seu argumento
Uma dica: se você não lembra se a citação é do Pessoa ou do Drummond, tudo bem, só escreva assim “frase daquele poeta”, e está tudo bem. É uma forma muito usada em crônicas (se você lê crônicas você sabe).
Além do mais, seu corretor será um professor de português, não um mestre em Ciências Sociais que leu tudo que existe sobre o assunto.
De novo: o centro da sua redação é sua opinião e sua argumentação.
Sabe os espelhos de correção de redação? Já viu algum deles com o critério “correção dos fatos citados”?
NÃO EXISTE ISSO.
Aliás, muitas redações boas de vestibular que circulam por aí têm dados com alguma incorreção.
O corretor percebe que um dado é errado?
Tem isso também: os dados e citações que o vestibulando vai incluir na redação são normalmente de conhecimento comum dos professores.
O corretor vive no mesmo mundo e no mesmo país que você!
Quando um corretor lê as redações, encontra muitos exemplos de casos que lembra de ter visto na tv ou lido. Então ele não precisa verificar se o aluno citou direitinho números ou nomes, aí já seria demais…
NO FUNDO ELE SABE QUE AQUILO QUE VOCÊ CITOU EXISTE MESMO (OU NÃO EXISTE!).
(Não é tão fácil assim enganar professores de redação)
O corretor está interessado em saber por que o aluno citou aquele fato.
E se você escrever um nome errado na redação?
Vamos usar agora um certo caso do qual você deve se lembrar para te explicar.
Lembra daquele crime que envolveu uma família paulistana de sobrenome “Von Richthofen”?
(Talvez não lembre… já faz um tempinho…)
Muitos alunos escrevem errado esse sobrenome, quando usam esse caso como exemplo.
Pois é, como um corretor iria exigir que eles se lembrassem do nome dela, um nome alemão!?
Não tem problema errar ao escrever um nome de alguém na redação (mas não escreva Brasil com Z e minúscula, por favor!), muito menos nomes de outras nacionalidades.
E se você não lembrar todos os detalhes do exemplo?
Antes de qualquer coisa, jamais deixe de incluir um dado ou exemplo só porque faltam detalhes!
Veja este trecho de uma aluna que leu uma entrevista mas não lembrava onde:
“Indivíduos bem-humorados também tendem a ter mais amigos – quem não gosta de ter por perto uma pessoa animada ou engraçada? – e ser mais bem aceitos quando vão a um local desconhecido, além de terem mais facilidade para encontrar um parceiro. “Ser engraçado ou “me fazer rir” são frases mais que citadas pelas mulheres quando questionadas sobre as características mais desejadas em um homem, segundo pesquisas.”
O fato de ela não lembrar da fonte afetou o argumento?
NÃO! NÃO AFETOU EM NADA!
Você entendeu direitinho e “se bobear” você já andou lendo pesquisas assim em revistas femininas…
(ou teria alguma necessidade de saber em qual revista estava essa pesquisa?!)
Lembrete:
Este artigo mostrou para você que pode incluir dados, estatísticas, citações, mesmo que você não lembre de todos os detalhes, e mesmo que erre na escrita ou na precisão dos dados.
Mas é bom que o dado, a estatística e a citação existam realmente!
Escrevê-los de forma incorreta é uma coisa.
Basear seu argumento em evidências inventadas é outra!
E AÍ? DEMORANDO MUITO PRA FAZER A REDAÇÃO?
ISSO NÃO É NORMAL… A SOLUÇÃO ESTÁ BEM AQUI EM 2 OPÇÕES:
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