Fui redatora do blog Redação Online e criei o conhecido Escrevacertoblog. Também sou especializada em dificuldades extremas de escrita pela Universidade de Londres EAD e em técnicas de argumentação convincente pela Universidade Duke EAD.
Destravo alunos como você desde 1989.
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Às vezes o aluno usa ironia na redação… e o corretor não entende! É o mesmo que não entender uma piada – meio chato… Para você não ter esse tipo de problema na sua prova, entenda agora quando vale a pena ser irônico na redação.
A ironia atrai os alunos, talvez porque pareça uma “boa sacada” do assunto… talvez porque mostre ao mesmo tempo humor…
Já de cara nós aconselhamos você a só usar ironia se você for naturalmente irônico.
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Um articulista que costumava ser irônico era o Arnaldo Jabor (procure por artigos dele na internet). Mas ele era naturalmente irônico (tem vídeos dele na internet também!)
Não é bom “forçar” uma ironia pensando em conseguir algum pontinho a mais, porque não é assim que funciona, e a ironia que não dá certo pode inutilizar um trecho todo, ou dar uma impressão oposta ao que você queria, o que é ainda pior!
Portanto, a ironia está totalmente relacionada ao modo como a pessoa é, à sua personalidade. Então sai naturalmente se quem escreve é irônico por natureza.
Então, caso você seja irônico, e queira aperfeiçoar isso, saiba que ironias ficam bem entre parênteses, entre aspas, ou entre travessões. Claro que para isso você terá de treinar, não existe regra.
Veja, por exemplo, este trecho de um aluno:
“… eles agem como se seu “trabalho” fizesse diferença…”
quando se referia, ironicamente, a certos políticos.
Ele quis mostrar que o “trabalho” exercido por alguns deles não era exatamente um trabalho.
Pelo menos não no sentido em que a maioria de nós trabalha…
Para não precisar contar ao leitor que, para ele, autor, o trabalho de certos políticos não é igual ao nosso – de não políticos -, então ele preferiu usar as práticas aspas! A maioria dos alunos não teria problemas em usar aspas para mostrar ironia.
Para usar parênteses no mesmo trecho ele poderia escrever assim
“… eles agem como se seu trabalho (se é que podemos chamar de trabalho o que fazem) fizesse diferença…”
Usando os parênteses dá para usar uma ironia mais detalhada, digamos… algo mais parecido com nossa fala, se o autor estivesse mesmo falando, não só escrevendo.
Quando falamos ironicamente costumamos mudar rapidamente a feição ou até movemos os ombros ou a cabeça, e isso tem mais a ver com os parênteses no papel.
Os travessões podem ficar no lugar dos parênteses, nesse caso. Fica assim:
“… eles agem como se seu trabalho – se é que podemos chamar de trabalho o que fazem – fizesse diferença…”
Quando tiver um tempinho, veja este breve vídeo do professor Pondé sobre a ironia – é muito bom!
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