Erros de regência nominal: O que são e como corrigi-los

Essa área da gramática estuda as regras que determinam quais preposições devem ser utilizadas para estabelecer a ligação entre um nome (substantivo, adjetivo, numeral, pronome) e outros elementos da frase.

Um exemplo, quando alguém diz “estava ansioso…” tentamos completar, imaginando pelo que seria a ansiedade.  

Percebemos com isso, que precisa-se de um termo para completar o sentido. Então, podemos complementar da seguinte forma:

Estava ansioso para ler o livro.”

Sendo assim, podemos concluir que “ler” completa o sentido da frase, certo? Isso é regência

Na regência nominal, é importante observar que alguns nomes exigem a presença de preposições específicas para completar o seu sentido ou estabelecer a relação correta com outros termos.

Saiba mais: Erros mais comuns nas redações

Voltando ao exemplo anterior, temos as seguintes partes da oração: 

Ansioso é o termo regente. 

Ler é o termo regido.

E a preposição “para” serve para interligar esses termos na frase.

Essas preposições podem variar de acordo com o contexto e o significado pretendido na frase, às vezes têm combinações com artigos ou pronomes.

Aqui estão algumas das principais preposições utilizadas na regência nominal:

a, com, de, em, para, por, perante, sobre, sem e sob.

Acompanhe algumas regras de regência nominal e os erros mais comuns para você nunca mais cometer nas suas redações. 

Uma mão apagando uma escrita

#1 Casos de regência 

Abaixo algumas regras coringa para você estudar. Será indicado o termo e as preposições que sempre a acompanham :

  • Acesso: a, para

Este caminho dá acesso à rodovia

O acesso para a região dos lagos está difícil.

  • Acostumado: a, com 

O pai estava acostumado a ouvi-io,

Ficou acostumado com o barulho da rua

  • Adaptado: a

O empregado não está adaptado a essas mudanças.

  • Aflito: com, por

Continuo aflito com sua demora.

O cliente estava aflito por saber o diagnóstico.

  • Agradável: a, de

Sua saída não foi agradável à equipe.

Era agradável de ver os dois juntos.

  • Alusão: a

O professor fez alusão à prova final.

  • Ânsia: de, por

Sentiu forte ânsia de responder.

O jovem revelou ânsia por voltar ao país.

  • Apto: a, para

Considero-o apto a ajudá-lo.

Tornou-se apto para exercer o cargo.

  • Benéfico: a, para

O remédio foi benéfico à sua saúde

A reforma foi benéfica para todos

  • Capacidade: de, para

O advogado tinha capacidade de defender o réu.

Sua capacidade para negociar era notável.

  • Certeza: de, em

A certeza de vê-lo animou-a.

Havia certeza em sua fala.

  • Constituído: de, por

O poder era constituído de grandes líderes.

A população está constituída por várias raças.

  • Dúvida: em, sobre

A dúvida em recebê-lo era bem visível.

Anotou as dúvidas sobre a questão.

  • Favorável: a

O dirigente foi favorável à convocação do atleta.

  • Grato: a

Continua grato a todos os amigos

  • Horror: a, de

Tinha horror a salada de alface.

O horror de ficar na

  • Igual: a, para

Este computador é igual àquele.

Aqui é igual para todos.

  • Junto: a, com, de

O recibo segue junto à última remessa de livros.

Junto com o material, encontrei este documento.

O cão só ficava junto de seu dono.

  • Necessário: a, para

Uma pausa é necessária à nossa recuperação.

A medida foi necessária para acabar com o conflito.

  • Oportunidade: de, para

Não houve oportunidade de conhecê-la melhor.

A oportunidade para falar já passou.

  • Preferível: a

Tudo era preferível à sua queixa.

  • Próprio: de, em

Tal atitude não é própria de pessoa educada.

Esta linguagem é própria em Direito.

  • Próximo: a, de

Vivia próximo ao centro da cidade.

Próximo de Amanda estava meu primo.

  • Respeito: a, entre, para com

É necessário o respeito às leis.

Existe respeito entre pai e filho.

Notava-se seu respeito para com as pessoas carentes.

Através das regras de regência nominal, aprendemos a escolher as preposições adequadas para estabelecer a conexão correta entre os elementos da frase, garantindo uma comunicação clara e precisa.


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#2 Regrinhas para nunca mais esquecer!

Aqui estão algumas regras básicas de regência nominal que vão te ajudar a determinar as proposições que devem acompanhar os nomes (substantivos, adjetivos, numerais, pronomes, entre outros) para estabelecer a relação correta na frase:

  1. Os advérbios terminados em “-mente” possuem a mesma regência dos adjetivos de que se originam. Por exemplo: O advérbio “impropriamente” exige a preposição “para”, pois “impróprio” requer o uso da preposição “para”.
  2. Alguns substantivos (e isto também se aplica aos verbos, adjetivos e advérbios) podem reger mais de uma preposição, dependendo do contexto e da intenção comunicativa do enunciador. Por exemplo:

I) Comida faz falta ao povo.  II) O jogador fez falta contra o adversário. III) Isto é uma falta de vergonha!

  1. O uso da crase nos advérbios!  A crase deve ser empregada nas locuções adverbiais formadas por palavras femininas. A crase refere-se ao uso do acento grave (`) indicando a contração da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou com a letra “a” inicial de alguns pronomes demonstrativos e advérbios. Por exemplo: 

A festa ocorrerá à noite. (uso obrigatório da crase na locução adverbial “à noite”).

Por fim, ao aprofundarmos nosso conhecimento sobre regência nominal, expandimos nosso domínio da língua portuguesa, permitindo-nos comunicar de forma mais eficaz e transmitir nossas ideias de maneira precisa e eloquente.


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Dafne Dias

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