Você já ouviu alguém dizer que o Brasil não é um país de leitores?
Realmente, quando olhamos as taxas de leitura brasileiras, elas são assustadoras.
Na 5° edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro, por exemplo, os dados mostram que o Brasil perdeu, nos últimos quatro anos, mais de 4,6 milhões de leitores.
Esse é um dado alarmante visto que a linguagem e a leitura são ferramentas pelas quais interpretamos o mundo.
A prática da leitura estimula o raciocínio, o vocabulário e a capacidade interpretativa.
Se você está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio ou para outros vestibulares específicos e não é muito fã das práticas de leitura, saiba que essa é a hora de começar a se render a elas.
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Análise de redação sobre leitura – nota máxima
Tema: A importância da leitura de literatura na formação infantil.
No século XVIII, com o surgimento do iluminismo, a retomada da produção artística se ascendeu, o que possibilitou um maior desenvolvimento artístico e crítico.
Apesar desse surgimento positivo, hodiernamente, no desenvolvimento infantil o contato com a leitura de literatura não é incentivado ou preservado [1], já que, nessa fase, outros modos e práticas de atividades são priorizados.
Dito isso, é elementar que seja feita uma análise dos ocasionadores de tal estorvo.
Em primeiro lugar, é indispensável frisar que os valores adquiridos na infância influenciam as práticas da vida adulta.
Nesse sentido, o escrito Machado de Assis, em sua obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, afirma que o menino é o pai do homem.
Seguindo a lógica machadiana, o contato com a literatura na fase infantil culmina em um adulto moldado por tais valores [2], o que preserva no futuro, como defende o autor, um cidadão mais adepto às experiências literárias.
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Diante de tal perspectiva, é indispensável que haja a manutenção das práticas de leitura desde a infância.
Em segundo lugar, consequência das experiências de leitura de literatura infantil é o desenvolvimento intelectual individual.
Nesse contexto, o filósofo escocês David Hume defende que “o que difere os seres humanos dos outros animais é o poder do pensamento”.
Seguindo a lógica do autor, o desenvolvimento do pensamento crítico incitado pela literatura durante a formação infantil é indispensável na construção dos indivíduos [3].
Desse modo, o incentivo social para tal comportamento é indispensável.
[4] Por fim, diante dos fatos supramencionados, medidas são necessárias para a preservação e incentivo da leitura literária durante a infância.
Para que isso ocorra, é dever do Ministério da Educação – que é responsável pela legislação e regulamento da educação no Brasil – promover o contato com a literatura desde a primeira infância dos cidadãos.
Isso deve ser feito por meio de atividades que incentivem as práticas de leitura coletivas e individuais, assim como estimulem o pensamento artístico, a fim de aguçar a criticidade desde a infância.
Dessa maneira, a valorização da produção artística, assim como o exercício da leitura de literatura transpassarão o passado histórico e alcançarão a contemporaneidade [4].
[1] Aqui temos a tese desse texto – que se configura como um posicionamento/uma afirmativa sobre o tema.
A tese sempre precisa ser apresentada na introdução.
Neste caso, ela afirma que durante o desenvolvimento infantil, o contato com a leitura não é levado em conta – uma prerrogativa que precisará ser defendida durante o texto.
[2] Para defender que os valores aprendidos na infância são perpetuados na vida adulta – o argumento 1 dessa redação – esse texto usa como repertório pensamento do personagem ficcional do livro Brás Cubas, que afirma que o menino é o pai do Homem.
Nesse sentido, quando o menino não adquire os hábitos de leitura, a leitura também não se torna um hábito na vida adulta – comprovando muito bem a tese estabelecida na introdução.
[3] Para continuar defendendo a importância dos hábitos de leitura, esse parágrafo argumenta que o desenvolvimento do pensamento crítico incitado pela literatura durante a formação infantil é indispensável na construção dos indivíduos.
O repertório usado – David Hume – cumpre com seu papel de ressaltar a importância do poder de pensamento, o que cria um parágrafo de desenvolvimento – mais uma vez – muito bem fundamentado e articulado.
[4] Por fim, uma ótima proposta de intervenção é sugerida, tendo o Ministérios da Educação, uma descrição do ministério com detalhamento como principal agente, a promoção do contato com a literatura como ação, atividades que incentivem as práticas de leitura coletivas e individuais como meios de realização dessa ação e o aguçamento da criticidade desde a infância como uma finalidade para proposta busca resolver as questões de falta de contato com as práticas letradas de leitura desde a infância.
Gostou dessa análise?
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