Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), em 2022, o Brasil alcançou uma taxa de 39,7% da população trabalhadora do país em situação de trabalho informal.
Essa porcentagem corresponde a um número recorde de 39,307 milhões de trabalhadores atuando informalmente no mercado de trabalho.
Nesse sentido, o crescimento dos índices desse tipo de trabalho no Brasil é um tema muito pertinente de ser cobrado em provas de vestibulares e demais concursos.
Isso porque esse aumento aponta também para muitas situações de precarização do trabalho – o que se configura como um problema social que merece a atenção das autoridades governamentais brasileiras.
Analisaremos a seguir uma redação nota máxima sobre esse tema: “O crescimento dos índices do trabalho informal no Brasil”.
Assim, além de saber por que caminhos seguir caso esse seja o tema de sua prova de redação, você também alcançará certo senso crítico a respeito dessa temática que possui uma grande urgência de discussão na sociedade brasileira.
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Redação nota máxima – tema: “O crescimento dos índices do trabalho informal no Brasil”
Desde a Primeira Revolução Industrial, com o surgimento das máquinas, a exigência social perante a garantia dos direitos trabalhistas começou a se presentificar nas sociedades – evoluindo com o passar do tempo.
Apesar desse avanço positivo, hodiernamente, a população trabalhadora ainda sofre com a ausência desses direitos, sendo induzida a recorrer ao trabalho informal [1].
Diante disso, é indispensável que haja a análise dos ocasionadores de tal estorvo.
Em primeiro lugar, é indubitável que o crescente desemprego é intensificador do trabalho informal.
Nesse contexto, o filósofo Friedrich Hegel defende que o Estado deve proteger seus filhos.
Seguindo a lógica hegeliana, se o Estado submete a população trabalhadora a condições deploráveis de trabalho, esse não cumpre com seu papel de cuidado com os cidadãos brasileiros [2].
Nesse sentido, a ausência de ocupações de trabalho que ofereçam direitos trabalhistas faz com que os indivíduos recorram a informalidade, gerando crescimento da uberização do trabalho – modelo de trabalho conforme a demanda e sem vínculo empregatício – o que contribui com a precarização dos direitos [3] e das condições de trabalho.
Sendo assim, é notória a necessidade de mudanças no quadro vigente.
Em segundo lugar, consequência dessas condições de trabalho é a desvalorização dos profissionais [4].
Nesse sentido, o filósofo socialista Karl Marx, em sua teoria da Luta de Classes, explica o processo de “coisificação” dos indivíduos quando esses são subjugados pelo trabalho.
Seguindo a lógica marxista, a desvalorização dos trabalhadores os “coisificam” e os posiciona a aceitar cenários desumanos de ocupação.
Exemplo disso pode ser visto quando trabalhadores extrapolam o limite de horas viáveis [5] a se trabalhar para cumprir como uma demanda de trabalho.
Desse modo, a ação de agentes interventores torna-se inadiável.
[6] Por fim, diante dos fatos supramencionados, que medidas são necessárias para intervir na sujeição da população ao trabalho informal, assim como nas consequências causadas por esse imbróglio.
Para que isso ocorra (finalidade), é dever do Estado (agente) – que deve promover o bem-estar social (detalhamentos) – oferecer condições trabalhistas dignas a todos os trabalhadores (ação).
Isso deve ser feito por meio da responsabilidade estatal de arcar com o provimento dos direitos trabalhistas a todos os trabalhadores (meios).
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Assim, a sociedade poderá gozar de melhores condições para os exercícios das diversas profissões brasileiras.
[1] Logo na introdução, uma ótima tese é estabilidade.
Ela se relaciona com o que chamado de contextualização histórica – o que foi feito citado a Primeira Revolução Industrial para ressaltar desde quando os direitos trabalhistas começaram a se requeridos na sociedade, e assim dizer que: “a população trabalhadora ainda sofre com a ausência desses direitos, sendo induzida a recorrer ao trabalho informal”.
Ou seja, a falta de direitos trabalhistas em muitos ramos empregatícios induz diversas pessoas a recorrer ao trabalho informal.
Dessa forma, já é possível levantar uma questão negativa a respeito do trabalho informal, o qual as pessoas recorrem, sem condição, por necessidades específicas.
[2] Uma ótima referência a Friedrich Hegel é feita neste parágrafo – um repertório legitimando – que afirma que o Estado precisa proteger seus filhos.
Assim, quando isso não acontecer, afirma o texto no sentido da falta de garantias trabalhistas, ocorre um fenômeno chamado de [3] uberização do trabalho – modelos em que os trabalhadores raramente possuem algum direito ou garantia – contribuindo com ainda mais precarização no trabalho.
Nesse sentido, a ausência do Estado em cuidar de seus filhos ficou muito bem relacionada com a falta de direitos gerada pelo trabalho informal.
[4] Para reforçar o problema do trabalho informal no Brasil, o segundo parágrafo de desenvolvimento discute as consequências dele – entre elas, a desvalorização do trabalhador.
Karl Marx é muito bem usado para apontar como tal situação faz com que os profissionais deixem de se tornar pessoas, mas viver o processo de coisificação, sendo explorados nas relações de trabalho informal.
[5] Assim, essa exploração, afirma o texto, pode ser muito bem exemplificada quando os trabalhadores extrapolam as muitas horas de trabalho em vista das relações enfraquecidas de trabalho e direito.
[6] Neste parágrafo de conclusão, marcamos cada um dos elementos necessários em uma conclusão para que você saiba exatamente o que deles estar presente em sua proposta de intervenção.
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