Muitos erros gramaticais estão relacionados com o mau uso dos advérbios. Ainda assim, desvios gramaticais são bastante comuns e podem ser evitados com estudo e aprendizado.
Sobre os advérbios? Você sabe do que trata essa classe gramatical? Já teve alguma dúvida sobre o emprego dela.
Aqui vamos tratar dos desvios mais comuns envolvendo advérbios para que você possa polir sua escrita.
Saiba mais: Erros mais comuns nas redações
Para que fique claro: afinal de contas, o que é um advérbio?
Um advérbio é uma classe de palavras na língua portuguesa (e em outras línguas) que tem como função modificar o sentido de um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Veja exemplos:
Ex.1: Ela cantou maravilhosamente
“Maravilhosamente” é o advérbio que mostra como a ação de cantar foi realizada (o que também é denominado de advérbio de modo, pois mostra o modo como a ação foi feita).
Ex.2: Ele é muito inteligente
O advérbio “muito expressa” uma intensidade. Veja que dizer que ele é “muito inteligente” é diferente de dizer que ele é “inteligente”.
Advérbios como “muito”, “pouco”, “bastante”, “demasiado” são advérbios de intensidade – que são aqueles que expressam o grau ou a medida da ação ou qualidade.
Ex.3: Às vezes, ele vai à academia.
A expressão “às vezes” indica com que frequência a pessoa costuma ir à academia, que neste caso é às vezes sim e às vezes não.
Esse pode ser denominado como um advérbio de frequência.
Outros exemplos de advérbios que expressam frequência são: “sempre”, “nunca”, “raramente”.
Erros mais comuns com advérbios
Entre os erros mais comuns com os advérbios estão o da colocação inadequada na ordem sintática da oração. Os advérbios devem ser colocados próximos das palavras que estão modificando. Um erro comum é colocar o advérbio em uma posição que não faz sentido na frase.
Exemplo incorreto: Rápido ele correu para casa.
Exemplo correto: Ele correu rapidamente para casa.
Outras vezes, os advérbios podem ser usados de forma excessiva, tornando a frase redundante, o que também se configura como um desvio da norma culta. Veja:
Exemplo incorreto: Ele subiu para cima no telhado.
Exemplo correto: Ele subiu no telhado.
Um desvio muito comum também é a negação de um verbo feita pelo uso do advérbio “não”. Algumas vezes, ele é utilizado de forma inadequada, causando ambiguidade ou mudança de sentido na frase. Para evitar isso, é preciso ter atenção na escolha vocabular do que se quer expressar. Veja um exemplo:
Exemplo incorreto: Ele não come rápido.
Exemplo correto: Ele come devagar.
Às vezes, também ocorre o uso repetitivo de advérbios de modo (aqueles advérbios que indicam de que modo uma ação foi realizada). Isso torna a frase desnecessariamente prolixa, isto é, mais excessiva.
Exemplo incorreto: Ele correu rapidamente e velozmente.
Exemplo correto: Ele correu rapidamente.
Erros muito comuns com advérbios específicos (mal, mau; onde, aonde)
Os erros com “mal” e “mau” são bastante comuns na língua portuguesa, pois são palavras homófonas, ou seja, são pronunciadas da mesma forma, mas têm significados diferentes. Para evitar esses erros, é essencial entender a diferença entre as duas palavras:
Mal: É um advérbio e é usado para indicar modo, qualidade ruim ou negação.
Exemplo correto: Ele se sentia mal após a refeição.
Mau: É um adjetivo e é usado para descrever algo ou alguém que é ruim ou malévolo.
Exemplo correto: O mau comportamento dele foi repreendido.
Para evitar confusões entre “mal” e “mau”, tenha em mente que “mal” é usado em situações relacionadas ao modo de fazer algo (advérbio) ou quando descreve algo negativo.
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“Mau” é usado para descrever algo ou alguém que é ruim, e é um adjetivo que concorda em gênero e número com o substantivo ao qual se refere.
Dessa forma, preste atenção ao contexto da frase e se a palavra está sendo usada para descrever algo (mau) ou para indicar a forma como algo é feito ou sua qualidade (mal).
Praticar a leitura e a escrita também ajudará a evitar erros comuns com essas palavras.
Além do exemplo descrito acima, os erros com “onde” e “aonde” também são bastante comuns na língua portuguesa, pois ambas as palavras se referem a lugares, mas são usadas em contextos diferentes.
Para evitar esses erros, destacamos a diferença entre elas:
Onde: É usado para indicar o lugar em que algo está situado ou onde uma ação ocorre, sem a ideia de movimento.
Exemplo correto: O livro está na mesa, onde eu o deixei.
Aonde: É usado quando há a ideia de movimento, indicando o lugar para onde alguém ou algo vai.
Exemplo correto: Aonde você vai neste fim de semana?
Para evitar confusões entre “onde” e “aonde”, você precisa saber que “onde” indica um local fixo, onde algo está situado ou uma ação ocorre.
“Aonde” indica um destino, o lugar para o qual algo ou alguém se dirige.
Dessa forma, preste atenção ao contexto da frase e se há ou não a ideia de movimento envolvida.
Se houver movimento, utilize “aonde”, caso contrário, use “onde”.
Gostou desse conteúdo? Nos acompanhe para mais. Bons estudos!
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