Doação de sangue como tema de redação

Você já doou sangue?

É um doador frequente?

Se você acredita que não tem nem mesmo idade para realizar essa doação, saiba que todas as pessoas, a partir dos 16 anos, podem realizar essa boa ação.

Nesse sentido, a falta de conhecimento sobre a doação de sangue, assim como a falta de valorização desse processo o torna essa uma questão social.

Saiba mais: Temas Para Redação

Análise de redação sobre doação de sangue

(Fonte: Plataforma Redigir)

INTRODUÇÃO: Para Herbert de Souza, sociólogo e ativista brasileiro, conhecido como Betinho, o desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil se firmar em cinco pontos fundamentais: liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e participação. No entanto, no que se refere ao baixo índice de doação de sangue no Brasil, percebe-se a desconstrução de dois desses pilares: a solidariedade e a participação.

De um lado, a solidariedade, condição para a coleta de sangue, é ameaçada pela desinformação acerca do procedimento; de outro, a participação é dificultada pelo preconceito, que ainda é uma constante na sociedade.

Assim, para reverter a crise no banco de sangue nacional, ações afirmativas são inadiáveis.

  • COMENTÁRIO: A introdução aqui disposta começa com uma ótima introdução com a citação de um sociólogo que discute a questão do desenvolvimento humano, o que se relaciona muito bem ao tema, pois a doação de sangue se configura como um grande desenvolvimento no que diz respeito à área da saúde.
  • A citação abre caminho para a tese que afirma a falta de participação social e solidariedade na sociedade brasileira – o que é necessário de ser revestido com o objetivo de sanar a crise no banco de sangue nacional.
Quadro mostra um homem doando sangue

DESENVOLVIMENTO 1: Nesse sentido, é importante anotar que a falta de informação limita a doação de sangue no país. Isso se deve à escassez de campanhas de sensibilização, que seriam capazes de não só incentivar a população a doar, como também de explicar que o procedimento para doação, além de ser simples, não expõe o doador a nenhum risco.

Infelizmente, os estigmas ainda persistem – há quem acredite que doar sangue emagrece ou que cause anemia, o que vai culminar na resistência de parte significativa da sociedade em prestar esse tipo de ação humanitária.

Logo, no que se refere à doação voluntária de sangue, a informação é condição essencial para que a solidariedade proposta por Betinho seja alcançada.

DESENVOLVIMENTO 2: Ademais, em 2017, constatou-se que cerca de 19 milhões de litros de sangue deixaram de ser coletados em decorrência da burocracia (ou da recusa) imposta à doação por homossexuais do sexo masculino.

Entretanto, essa trave está superada, tendo em vista o fato de que, em maio de 2020, o STF derrubou uma série de restrições da Anvisa a esse respeito. O aceno afirmativo do STF aconteceu, ainda que tardiamente.

Sem dúvida, a antiga mostra do preconceito institucional, punha em xeque o avanço tecnológico, uma vez que há mecanismos científicos seguros o suficiente para descartar o material coletado de qualquer pessoa, caso sejam detectadas quaisquer doenças.

Tal situação era motivo de constrangimento ao pretenso doador, que tem e deve exercer as prerrogativas legais.

  • Comentário: Os desenvolvimentos 1 e 2 aqui analisados discutem tanto a questão da escassez das campanhas de sensibilização da população com objetivo da doação de sangue, assim como as consequência disso: a falta de doação .
  • O primeiro parágrafo fundamenta sua argumentação na exemplificação das motivações da situação atual – como, os estigmas da doação de sangue, por exemplo, a crença de que doar sangue emagrece ou provoca anemia.
  • O argumento por exemplificação é muito interessante e produtivo. Ele consiste em usar como exemplo um fato concreto com o intuito de justificar a sua ideia. Nesse sentido, aqui, ficou muito clara a defesa da tese do texto por meio de um acontecimento na sua realidade. O segundo parágrafo fundamenta seus argumentos nos dados acerca das restrições da Anvisa quanto a certos indivíduos na doação de sangue – o que mostra um preconceito institucional. Nesse sentido, ambos os desenvolvimentos são muito bem operados, fundamentados e articulados.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: Portanto, ações interventivas devem ser implementadas com o objetivo de atenuar tanto o preconceito quanto a desinformação no entorno da doação de sangue no Brasil.

Para que haja um aumento no índice nacional de doação, cabe ao Ministério da Saúde, primeiro, informar a população acerca não só do caráter humanitário, como também da segurança de que se reveste a doação de sangue, para, só então, incentivar o procedimento, inclusive à comunidade homossexual.

Isso deve ser feito por meio de campanhas publicitárias a serem veiculadas nas mídias digitais.

Depois de tudo realizado, espera-se o abastecimento satisfatório dos hemocentros e, enfim, os ideais apregoados por Betinho sustentarão uma sociedade menos preconceituosa e mais solidária.

  • Comentário: O texto dissertativo-argumentativo modelo ENEM, comumente, exige que a conclusão da redação traga 5 elementos: uma ação de intervenção para os problemas que foram mencionados ao longo do texto; uma agente – que  deve ser o responsável pela ação realizada; um meio pelo qual a ação será realizada; um feito ou finalidade para ação; e um detalhamento acerca de pelo menos um dos elementos.
  • Nessa redação, podemos perceber que, além de articular muito bem a proposta de intervenção para problema citado ao longo do texto, todos os elementos exigidos na estrutura de uma conclusão são devidamente abordados.

Gostou desse conteúdo? Acompanhe nossas postagens para mais dicas de temas e como discuti-los. Bons estudos!


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Deisy Souza

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