Você sabe o que é uberização do trabalho? Se ainda não, não precisa ficar apavorado com o termo.
Vamos explicar tudo sobre ele neste artigo.
A expressão “uberização do trabalho” é um fenômeno da sociedade contemporânea que diz respeito – em sua teoria – à maior flexibilização do trabalho.
Nesse sentido, é possível ver cada vez mais pessoas trabalhando conforme a demanda de trabalho sem que haja um vínculo empregatício com a(s) empresa para a qual(is) o trabalhador presta serviços.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2021, por exemplo, 1,5 milhões de pessoas trabalharam através de plataformas e aplicativos.
Em um primeiro momento, muitas pessoas podem olhar para esse número pensando como positivo.
Afinal, todas essas pessoas estão trabalhando, as taxas de desemprego no país estão diminuindo, logo, a oportunidade de garantir renda através de aplicativos e plataformas pode ser uma oportunidade bastante positiva para quem se vê desempregado no país.
Em contrapartida, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, a uberização do trabalho tem gerado muitas consequências negativas nas relações de trabalho, isso principalmente ao trabalhador e seus direitos e garantias trabalhistas realizar suas atividades de ofício com dignidade.
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Nesse sentido, o crescimento dos índices desse tipo de trabalho no Brasil é um tema muito pertinente de ser cobrado em provas de vestibulares e demais concursos.
Isso porque esse aumento aponta para as muitas situações de precarização do trabalho – o que se configura como um problema social que merece a atenção das autoridades governamentais brasileiras.
Por que isso pode ser muito negativo? Argumentos para usar na redação
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), em 2021, 13 milhões de brasileiros estarão desempregados. Esse número representa quase 13% da população.
Isso quer dizer que, a cada cem pessoas no Brasil, uma média de treze encontram-se desempregadas.
Esse cenário preocupante é uma grande oportunidade para a precarização das relações de trabalho; isso porque, com uma realidade pessimista quanto a oportunidade de um emprego formal, as pessoas buscam outras alternativas de trabalho.
Veja as questões negativas dessas novas formas de trabalhos que podem ser usadas como argumentos em sua redação:
· Falta de estabilidade – como esse é um trabalho movido a demandas, o trabalhador não possui garantia de valores salariais, por exemplo.
· Ausência de salário fixo – o salário depende totalmente da quantidade de trabalho, do valor pago por ele e da quantidade de horas trabalhadas.
Assim, se a demanda de trabalho é menor, existem mais indivíduos disputando por ele, o que permite que os contratantes paguem um valor menor também (uma lógica de mercado de oferta e procura).
· Dependência do desempenho do trabalhador – isso é um dos outros grandes problemas, já que as pessoas passam a trabalhar pelo serviço prestado e não pelas horas demandadas para a realização daquele trabalho.
Entretanto, cada pessoa tem um desempenho para a realização de determinada tarefa.
Assim, a uberização do trabalho é injusta com as individualidades dos trabalhadores, assim como com o tempo levado para a realização de cada trabalho.
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· Falta de remuneração por hora extra – o trabalhador subordinado à uberização do trabalho realiza o ofício conforme a demanda. Nesse sentido, não há um limite de horas trabalhadas.
Em um emprego formal, de acordo com os artigos 58 e 59 da CLT, a jornada de trabalho de um funcionário celetista deve ser de 8 horas diárias, o que pode ser acrescido de até 2 horas diárias de horas extras, totalizando até 10 horas de trabalho.
Ao contrário disso, a partir da uberização do trabalho, se um trabalhador leva 13 horas para a realização dos trabalhos pego por ele, isso é de sua responsabilidade e ele recebe pelos trabalhos realizados, independentemente da quantidade de horas gastas para essa realização.
· Perda de garantias trabalhistas – a uberização do trabalho é um fenômeno extingue as garantias trabalhistas.
Logo, todos os direitos conquistados com anos de luta – como férias, décimo terceiro, garantias de aposentadoria por invalidez ou afastamento por doença por meio do INSS não existem.
A garantia de algum salário se dá mediante a troca da força de trabalho.
Assim, se um trabalhador se machuca enquanto realiza uma atividade laboral, a empresa não lhe deve indenização ou suporte, e o trabalhador fica desamparado e sem renda.
· Falta de legislação – essas novas modalidades de trabalho não são protegidas pela legislação, além de não garantir o trabalho decente e a dignidade da pessoa humana.
A legislação trabalhista é a que garante a regulamentação da relação contratual entre empresas e empregados, estabelecendo direitos, deveres, bem como normas de procedimento e conduta para ambas as partes.
Sendo assim, ela é a garantia de corretas relações de trabalho, a sua falta pode resultar em abusos e exploração de trabalho.
Ficaram claras quais são as questões negativas da uberização do trabalho na sociedade contemporânea?
Não deixe de se aprofundar e pesquisar mais sobre a temática. Essa é uma questão muito pertinente de ser cobrada em provas de vestibular.
Use os argumentos citados acima – tenha certeza de que, com eles, você pode construir uma ótima linha argumentativa.
Acompanhe nossos posts para se atualizar sobre mais temas. Boa prova!
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