Veja uma redação 1000 com primeira pessoa
Na cartilha do Enem, que é bastante detalhada, não tem nenhuma proibição de uso de primeira pessoa. Enquanto você morre de medo de usar primeira pessoa, tem gente tirando nota máxima usando primeira pessoa…
Aqui vai uma redação nota 1000 do Enem que usou primeira pessoa do plural:
O verdadeiro preço de um brinquedo
É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam?
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada.
O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão. Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil.
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil.
(Carlos Eduardo Lopes Marciano, Rio de Janeiro)
Então a dica é: leia o EDITAL/CARTILHA do ENEM e pare de acreditar em boatos. TUDO que o corretor vai verificar na sua redação está no EDITAL.
NÃO EXISTE NADA QUE O CORRETOR VAI ANALISAR NA SUA REDAÇÃO QUE NÃO ESTÁ NO EDITAL.
NADA NADA.
NÃO EXISTE “PEGADINHA” EM PROVAS DE VESTIBULAR OU CONCURSO!
NÃO ACREDITE EM BOATOS.
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